*Poema Feminino*
Anna Carolina
Anna Carolina
*Que mulher nunca teve**
*Um sutiã meio furado,
* *Um primo meio tarado,
* *Ou um amigo meio viado?**
*Que mulher nunca tomou**
*Um fora de querer sumir,
* *Um porre de cair*
*Ou um calmante para dormir?****
*Que mulher nunca sonhou**
*Com a sogra morta, estendida, *
*Em ser muito feliz na vida*
*Ou com uma lipo na barriga?**
*Que mulher nunca penou**
*Para ter a perna depilada,
* *Para aturar uma empregada
* *Ou para trabalhar menstruada?*
*Que mulher nunca comeu*
*Uma caixa de Bis, por ansiedade,
*Uma alface, no almoço, por vaidade
* *Ou, um canalha por saudade?**
*Que mulher nunca apertou**
*O pé no sapato para caber,
* *A barriga para emagrecer*
*Ou um ursinho para não enlouquecer?**
*Que mulher nunca jurou **
À volta para casa
Patrícia Novaes
Chchchchchchchhchchchchchchcchchchchchchchchchchchchchchchchchchchchchchchchchc.- Psiu, você não vai se levantar daí, não? Não percebe que tem uma senhora gestante em pé, rapaz?- Pode ficar, senhora.- Obrigada filho.- Mano, meu pé, véio. Ce tá cego, cara?- Foi mal, foi mal.- Ai, essas mochilas nas costas, viu? Parece que não vê o quanto atrapalha.- Dá para alguém abrir essas janelas, por favor? É incrível, mas quando chove, as pessoas perdem a noção sobre a importância do ar circulando, né?- Rsrs.- Buááááaááá´, buáaáááááá´...- Calma, meu bem, já vamos descer. Já vamos.- Motorista, meu amigo, tem como parar na esquina para eu descer com a minha compra de supermercado?- Mil perdões, senhor, mas não posso parar fora do ponto.- Trim,trim,trim...- Alô!- Oi amor, onde você está?- Estou chegando, beijos, thau.- Rsrsr...
Hoje eu demorei um pouco mais para chegar em casa, pois o trânsito me fez observar com mais carinho outros lutadores como eu. Cada um com suas alegrias e tristezas, mas com algo em comum: a vontade de chegar logo onde existe o maior e melhor abraço e o calor dos que mais nos amam.
Favelado que Conspira
Regicida
Regicida
Luxo e riqueza é tudo ilusão
Armadilha construída pra pegar nossos irmãos
Os Pretos e as Pretas Vestindo social
Gerenciando a filial de uma multinacional
Não só servindo na mesa ou faxineira de empresa
Que só pode entrar no prédio pela porta de serviço
Ter um carro do ano, avião Particular
Escritório na “Berrine” e uma mansão como lar
Ter lucro financeiro na bolsa de valores
Ações em Nova Yorque na Nasdaq ou em Tóquio
Tudo isso é feito tipo castelo de areia
Sociedade racista minha cultura discrimina
Não vai ser um Obama que vai me convencer
Que os Pretos estão unidos, prontos para vencer!
Pro Preto Favelado não tem muita opção
Sem estudo, sem trabalho ele vai virar ladrão
O sonho do Moleque era ser o dono do morro
Armadilha construída pra pegar nossos irmãos
Os Pretos e as Pretas Vestindo social
Gerenciando a filial de uma multinacional
Não só servindo na mesa ou faxineira de empresa
Que só pode entrar no prédio pela porta de serviço
Ter um carro do ano, avião Particular
Escritório na “Berrine” e uma mansão como lar
Ter lucro financeiro na bolsa de valores
Ações em Nova Yorque na Nasdaq ou em Tóquio
Tudo isso é feito tipo castelo de areia
Sociedade racista minha cultura discrimina
Não vai ser um Obama que vai me convencer
Que os Pretos estão unidos, prontos para vencer!
Pro Preto Favelado não tem muita opção
Sem estudo, sem trabalho ele vai virar ladrão
O sonho do Moleque era ser o dono do morro
Ou sustentar a Goma vendo o boy pedir socorro
A Preta esquecida dentro do barraco
Não sabe se um dia vai sair do buraco
Problema pra Caralho, não tem nenhum sossego
A dispensa tá vazia e continua sem emprego
Estrada construída, planejada e bem feita
Que nos leva ao extermínio
Se na quebrada não tem hospital, creche, nem biblioteca
Teatro ou cinema, as vezes nem o campinho de terra
Lazer, cultura e saúde, pouco são incentivadas
Ignorância, Pão e Circo direcionado para as massas
Nosso Controle e passividade vê, através de algumas coisas
Orkut, Boteco e Igreja tiram as nossas forças
Violento é o Estado que me empurra pro crime
Me empurra pras drogas, vai ver onde a gente mora!
Moramos nos barracos, nas ruas cheias de barro
Sem escola que ensinem o que realmente é pensar.
Quase nenhuma que eu conheço incentiva a estudar
Sem estudo, sem escola aumenta a dificuldade,
Mas pra frente cobram os manos, querem que tenham faculdade
Mercado de trabalho, diz que não temos capacidade
A falta do que comer me dá motivos pra escrever
A panela cheia de ar barriga roncando alto
Aí Boy cala a boca, se um dia eu for pro arregaço
Passar fome não é opção ninguém escolhe ser ladrão
A Preta esquecida dentro do barraco
Não sabe se um dia vai sair do buraco
Problema pra Caralho, não tem nenhum sossego
A dispensa tá vazia e continua sem emprego
Estrada construída, planejada e bem feita
Que nos leva ao extermínio
Se na quebrada não tem hospital, creche, nem biblioteca
Teatro ou cinema, as vezes nem o campinho de terra
Lazer, cultura e saúde, pouco são incentivadas
Ignorância, Pão e Circo direcionado para as massas
Nosso Controle e passividade vê, através de algumas coisas
Orkut, Boteco e Igreja tiram as nossas forças
Violento é o Estado que me empurra pro crime
Me empurra pras drogas, vai ver onde a gente mora!
Moramos nos barracos, nas ruas cheias de barro
Sem escola que ensinem o que realmente é pensar.
Quase nenhuma que eu conheço incentiva a estudar
Sem estudo, sem escola aumenta a dificuldade,
Mas pra frente cobram os manos, querem que tenham faculdade
Mercado de trabalho, diz que não temos capacidade
A falta do que comer me dá motivos pra escrever
A panela cheia de ar barriga roncando alto
Aí Boy cala a boca, se um dia eu for pro arregaço
Passar fome não é opção ninguém escolhe ser ladrão
Apologia a miséria eu deixo pros look,
A gente quer é ver o povo no suporte.
Suporte pra viver, sem precisar se arrastar
Debaixo da catraca pra cidade atravessar
Preso, capado, isolado no gueto periférico,
Não vou seguir o caminho do pensamento Maquiavélico
Nasci pra ser escravo, analfabeto funcional
Não ter noção de política, mais um marginal
Trancado lá na ilha ou morto na mão da Policia
Mão de obra barata que não sabe de nada,
Quebrando com tudo isso aprendi o que é pensar
Sangue nos óio, auto-didata, o livro é minha arma!
O Punk me mostrou como Lutar
E com isso eu comecei a me IMPORTAR
A gente quer é ver o povo no suporte.
Suporte pra viver, sem precisar se arrastar
Debaixo da catraca pra cidade atravessar
Preso, capado, isolado no gueto periférico,
Não vou seguir o caminho do pensamento Maquiavélico
Nasci pra ser escravo, analfabeto funcional
Não ter noção de política, mais um marginal
Trancado lá na ilha ou morto na mão da Policia
Mão de obra barata que não sabe de nada,
Quebrando com tudo isso aprendi o que é pensar
Sangue nos óio, auto-didata, o livro é minha arma!
O Punk me mostrou como Lutar
E com isso eu comecei a me IMPORTAR
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Asè
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